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Breve história da igreja evangélica no Brasil




Ainda está para ser escrita a história das missões brasileiras. Muitos missionários estrangeiros já vieram e alguns brasileiros já saíram para outras terras, mas ainda temos apenas uma pequena coleção de livros escritos sobre estes missionários.
 
Realmente nunca iremos saber sobre muitos heróis de Deus que vieram ou foram, enfrentando lutas, sofrimentos, problemas e conflitos, mas que venceram e levaram o Reino de Deus avante.

OS FRANCESES

Os huguenotes que os acompanharam foram Pierre Bourdon, Matthieu Verneil, Jean du Bourdel, André Lafon, Nicolas Denis, Jean Gardien, Martin David, Nicolas Raviquet, Nicolas Carmeau, Jacques Rousseau e o sapateiro Jean de Léry, o cronista da viagem, que escreveria a obra Viagem à Terra do Brasil (publicada em 1578). Eram ao todo 14 pessoas.
 
O grupo deixou Genebra em 16 de setembro de 1556. Após visitarem o almirante Coligny, seguiram para Paris, onde outros se uniram à comitiva. Alguns pensam que entre eles estava Jacques Le Balleur. No dia 19 de novembro embarcaram para o Brasil no porto de Honfleur, na Normandia.

O PRIMEIRO CULTO REALIZADO NO BRASIL

O desembarque no forte Coligny deu-se no dia 10 de março, uma quarta-feira. O vice-almirante recebeu o grupo afetuosamente e demonstrou alegria porque vinham estabelecer uma igreja reformada. Logo em seguida, reunidos todos em uma pequena sala no centro da ilha, foi realizado um culto de ação de graças, o primeiro culto protestante ocorrido nas Américas, o Novo Mundo.

escultura representando o primeiro culto 

O ministro Richier orou invocando a Deus. Em seguida foi cantado em uníssono, segundo o costume de Genebra, o Salmo 5: “Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras”. Esse hino constava do Saltério Huguenote, com metrificação de Clement Marot e melodia de Louis Bourgeois, e até hoje se mantém nos hinários franceses. Bourgeois foi diretor de música da Igreja de Genebra de 1545 a 1557 e um dos grandes mestres da música francesa no século 16.

A versão mais conhecida em português (“À minha voz, ó Deus, atende”) tem música de Claude Goudimel (†1572) e metrificação do Rev. Manoel da Silveira Porto Filho.

Em seguida, o pastor Richier pregou um sermão com base no Salmo 27:4: “Uma coisa peço ao Senhor e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo”.

Após o culto, os huguenotes tiveram sua primeira refeição brasileira: farinha de mandioca, peixe moqueado e raízes assadas no borralho. Dormiram em redes, à maneira indígena. A Santa Ceia segundo o rito reformado foi celebrada pela primeira vez no domingo 21 de março de 1557

Há um enorme abismo, não só de séculos, mas também de acontecimentos e crescimento, entre hoje e aquele dia em 1558, quando huguenotes franceses fracassados e traídos, saíram, quase sem mantimentos, em seu barco frágil da baía da Guanabara.
 
Fazia apenas três curtos anos que haviam chegado com a esperança de solidificar uma colônia francesa na qual pudessem gozar de liberdade religiosa e, talvez ganhar alguns índios para a fé cristã.
 
Mas foi tudo em vão. A maioria morreu em alto mar, enquanto outros foram executados pelos jesuítas, tudo por causa da perfídia de seu próprio líder francês, Villegnon.

OS HOLANDESES

Depois da tentativa dos evangélicos franceses, houve outras imigrações que também não afetaram muito a evangelização do Brasil. Os holandeses vieram para a Bahia em 1624, mas ficaram no nordeste apenas 30 anos, antes de serem expulsos, acompanhados de qualquer brasileiro ou índio que tivesse abraçado a fé protestante.
 
Eles mantinham 40 pastores, oito missionários encarregados de pregar aos índios e implantar aldeias evangélicas, onde os índios pudessem ter paz, plantar e em geral melhorar suas vidas. Não obstante, o fruto desse esforço foi desfeito com a expulsão da comunidade holandesa.
 
pintura: Nassau –  governador holandês no Brasil

O PERÍODO DAS TREVAS

Na fase colonial do Brasil, as atividades da inquisição aumentaram e todo estrangeiro foi proibido de entrar no país. As portas estavam fechadas e, por falta de visão missionária no meio das igrejas evangélicas já estabelecidas em outras partes do mundo, ninguém estava preocupado em compartilhar do evangelho no Brasil.

UMA LUZ NO FUNDO DO TÚNEL – OS INGLESES

Em 1808, as coisas começaram a mudar com uma nova lei que permitia o comércio com países amigos. A primeira nação aceita foi a Inglaterra, onde o espírito missionário havia acabado de surgir e estava começando a crescer. Juntamente com os comerciantes ingleses, que, em 1819, construíram a primeira igreja protestante no país (e que existe até hoje – a igreja de Cristo, no Rio de Janeiro).
 
pintura: ingleses

OS ALEMÃES

Depois dos ingleses, imigrantes da Alemanha começaram a vir para o Brasil recentemente aberto. Os luteranos alemães chegaram ao Rio Grande do Sul em 1823. A igreja Luterana se estabeleceu no sul do país, apesar das leis do Império daquela época, que proibiam a construção de templos, permitindo apenas cultos nas casas.
pintura: primeiros imigrantes alemães

OS AMERICANOS

Uma outra imigração de protestantes foi dos americanos do sul dos Estados Unidos, que escaparam das pressões e resultados da Guerra Civil. Eles organizaram algumas igrejas, incluindo a Primeira Igreja Batista do Brasil em 1871, na sua comunidade de Santa Barbara d·Oeste, no Estado de S.Paulo.
 
cidade de  Santa Barbara D’ Oeste

 ALGUNS DOS MISSIONÁRIOS QUE VIERAM PARA O BRASIL

O Dr. Robert Reid Kalley (1809-1888),  está entre as figuras mais destacadas dos inícios do protestantismo no Brasil.
 
De origem presbiteriana, tornou-se o fundador das primeiras igrejas de fala portuguesa em nosso país, onde conquistou o respeito de autoridades e desempenhou um papel decisivo no reconhecimento do direito de reunião para o culto protestante e o casamento efetuado por ministros evangélicos.
 
Em 1836, chegou ao Brasil Justino Spaldingvindo dos Estados Unidos, da Igreja Metodista Episcopal, o missionário  estabeleceu a primeira Escola Dominical, mas que teve uma curta duração.
 
Em 1837, o missionário Daniel P. Kidder e sua esposa, vieram para vender Bíblias. Estes missionários e suas famílias que vieram ao Brasil, para evangelizar, colocaram o fundamento de uma grande obra em todo país.
 
Em 1859, Ashbel Green Simontondepois de viajar 54 dias num barco a vela, chega ao Brasil o missionário presbiteriano,  entrou na baía da Guanabara. Aprendeu a língua portuguesa, tanto na fala como na escrita, este fato contribuiu para lançar o jornal “Imprensa Evangélica”, cujo primeiro número foi publicado em 1864.
 
O trabalho batista começou com dois casais que atenderam o convite de imigrantes americanos em S. Paulo; Anna e Willian Bagby, vieram primeiro, no ano de 1881, e no ano seguinte chegaram Zacarias e Kate Taylor. A contribuição batista chegou ao Brasil a 448 anos

OS PRIMEIROS PENTECOSTAIS

Em 1910, dois suecos vieram dos Estados Unidos para a cidade de Belém do Pará. Gunnar Vingren e Daniel Berg. Chegaram sem dinheiro e sem o menor conhecimento a respeito do Brasil, os dois vieram de navio de 3ª classe para o Pará. Dirigiram-se à igreja batista da cidade, mas por causa da sua crença nos dons do Espírito Santo foram expulsos.

Logo começaram seu próprio trabalho, denominando-o Assembleia de Deus. A Obra cresceu rapidamente, mas não sem sofrimento, lutas e perseguições. A igreja espalhou-se por todo o país e atualmente não há nenhuma cidade brasileira sem uma igreja da Assembleia de Deus.

As Assembleias de Deus também tem estado preocupada em enviar missionários brasileiros para outros países e estão crescendo no aspecto transcultural. A denominação está prestes a comemorar 100 anos de labor espiritual no Brasil e é no momento a maior denominação.
missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren
 
Vingren morreu na Suécia, em 27 de Junho de 1933, Berg faleceu no Brasil, em 1963.
 
Muitos outros missionários que não foram mencionados, outros desconhecidos em nossa história, contribuíram para que o evangelho fosse implantado em nossa nação de maneira poderosa.
Hoje .somos milhões de evangélicos e continuaremos crescendo pela graça e pelo poder de Deus.

Não podemos esquecer que o fundamento evangélico lançado no Brasil, custou lágrimas, sofrimento, sangue e a morte de muitos heróis da fé, que deixaram suas pátrias e famílias para virem ao nosso país, com um único propósito, fazer Cristo conhecido em nossa nação.

Agradecemos a Deus por haver enviado missionários à nossa nação brasileira. A Ele glória e Gratidão!

Pastor Antonio Romero Filho

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Antonio Romero Filho

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